cjBqa05oTWtHNWc9A presente obra examina a dinâmica das fases de elaboração e execução das políticas públicas, passando pela “construção da agenda governamental”, “formulação”, “tomada de decisão”, “implementação” e “avaliação” das políticas, seguida da análise de suas repercussões no plano da judicialização, dentre as quais a dicotomia do mínimo existencial e a reserva financeira do possível, quase sempre objeto de ponderação pelo Judiciário brasileiro mediante emprego da técnica decisória
conhecida como “tragic choices”. De feição transdisciplinar, propõe soluções concretas para os problemas estruturais que se apresentam perante o Sistema de Justiça, assinalando as condições necessárias para uma mudança paradigmática, via da qual os “agentes da judicialização” das políticas públicas passem a contribuir, de forma mais criativa, setorial e participativa (extrajudicialmente), em cada uma das etapas de sua elaboração e execução.
FX9LM43F7A Editora Impetus e o renomado autor Valter Shuenquener têm o grande prazer de apresentar a primeira edição da obra As Novas Dimensões do Princípio da Soberania, a qual é fruto de dissertação defendida pelo autor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para a obtenção do título de Mestre em Direito Público. A banca examinadora foi presidida pelo Prof. Paulo Braga Galvão e contou com a presença do Prof. Celso A. Mello e do Prof. José Ribas Vieira. Participou do exame de qualificação o Prof. Luís Roberto Barroso.
O livro enfoca a relevância do princípio da soberania para o alcance de uma maior efetividade das normas jurídicas estatais, mormente aquelas de estatura constitucional. Uma nação que se julgue soberana deve ter condições de concretizar os textos normativos que cria. Nesse contexto, o estudo demonstra a necessidade de desenvolvimento de uma nova teoria jurídica da soberania, que inclua a concretização normativa como fator determinante para que esta se torne real e efetiva.
A soberania meramente formal tem se revelado pouco hábil a solucionar os profundos problemas presentes no atual modelo de Estado-Nação. Em um mundo extremamente dinâmico como o atual, seu papel merece ser de, no mínimo, garantir a todos o suficiente para a sobrevivência digna e assegurar uma concreta tutela de bens jurídicos universalmente consagrados como o meio ambiente e os direitos humanos.
Diferenciais da obra:
– Enfoque na relevância do princípio da soberania.
– Aborda o desenvolvimento de uma nova teoria jurídica da soberania.
– Relevante ferramenta para advogados militantes, estudiosos do Direito e para acadêmicos e profissionais da área.
978-85-66722-28O pressente livro, fruto de tese de doutoramento em Direito Urbanístico na PUC-SP, tem por objeto analisar o papel do Direito Urbanístico na violência urbana e na criminalidade, de modo a demostrar que as políticas de segurança pública não podem prescindir de intervenções no meio ambiente urbano.
978-85-66722-32A obra reúne textos que se inserem em variadas tradições acadêmicas: criminologia, política criminal, direito penal, processo penal, sociologia da violência e segurança pública. Orientados pelo eixo central da coleção, os autores, sob enfoques diferenciados e inspiração sociojurídica ou transdisciplinar, investem na reconstrução dialógica de seus respectivos campos de interesse, e sugerem vias para a compreensão e a reflexão de temas pertinentes ao debate democrático contemporâneo.
O debate sobre a democracia deve contemplar a diversidade dos contextos históricos. As lutas pela democratização expressam tensões entre igualdade e desigualdade, concentração e distribuição de poder. Assim, a construção de uma constituição democrática (e não oligárquica) supõe dinâmicas entre e para além das instituições políticas tradicionais, dirigidas à ampliação do “demos” (Pisarello, 2011: 211). A relação entre direito penal e democracia constitui-se em tema relevante nas discussões orientadas pelo equilíbrio entre igualdade e liberdades (Nino, 2013: 102 e ss.). Que funções exercem as instituições políticas e jurídicas conformadas segundo lógicas e tradições específicas?
As ciências sociais e a teoria jurídica podem cumprir um papel importante ao promover, reflexivamente, parâmetros para a reconstrução do horizonte hermenêutico adequado às demandas de intervenção penal, sem descuidar da peculiaridade do jogo democrático e dos distintos papéis assumidos pelas instituições. Longe da linearidade de explicações simplistas ou unilaterais, a complexidade das políticas criminais e de segurança pública impõe olhar atento às variáveis envolvidas no debate sobre o uso do direito penal como instrumento de controle de condutas e de proteção de interesses coletivos.
978-85-66722-08O debate sobre o papel do sistema de justiça
criminal nos Estados contemporâneos tem ocupado a atenção de juristas e
cientistas sociais nos últimos anos. A preocupação com as garantias e proteção
aos direitos fundamentais, orientada pelo fortalecimento dos Estados de Direito
e construção de limites racionais ao poder punitivo contrasta com a crescente
pressão por mais eficiência das instâncias responsáveis pela aplicação das
normas penais, muitas vezes difusa e traduzida em demandas de determinados
setores da população, elites políticas ou lobbies, mediada pelo discurso dos
meios de comunicação de massa.
O debate sobre a reforma do processo penal
certamente associa-se a essa discussão, e surge, direta ou indiretamente, como
pano de fundo de questões pontuais sobre a extensão e necessidade de
aprimoramento ou ajuste das legislações processuais em face de mudanças
substantivas dos contextos sociais, culturais e políticos nos quais foram
idealizados os institutos processuais. Como compreender o debate sem a ampla
percepção sobre as dificuldades em modificar as legislações concebidas em
modelos de sociabilidade tão distintos dos atuais?
A reforma processual não é a única frente exposta
nos debates contemporâneos. As demandas por mais punição há muitos anos não
mais se articulam exclusivamente a pressões de determinados grupos elitistas
transmutados em empresários morais. A atipicidade dos novos sujeitos que
assumem o protagonismo nas recentes bandeiras repressoras, e que apostam no uso
crescente do direito penal como instrumento de controle punitivo associa-se à
percepção da pena como instrumento de defesa de minorias, ainda que conscientes
das suas deficiências na reconfiguração de novas arenas de disputas e conflitos
e na dimensão simbólica da definição jurídico-penal de condutas socialmente
reprováveis. Como compreender a complexidade e os desafios do sistema de
justiça criminal se desconsiderados os contextos sociais, culturais e políticos
em que são idealizados, propostos e aplicados os instrumentos normativos?
978-85-66722-41A obra que apresentamos ao leitor insere-se na linha editorial da Coleção Direito, Transdisciplinaridade & Pesquisas Sociojurídicas, editada pela Marcial Pons em parceria com a Fundação Escola Superior do MPDFT. O livro tornou-se realidade porque ao projeto original uniram-se pesquisadores e professores de distintas localidades e áreas de interesse, contemplando textos de variadas realidades nacionais e tradições acadêmicas. Orientados pelo eixo central da coleção, os autores, sob inspiração transdisciplinar, propõem vias para a reflexão sobre os rumos da justiça juvenil no Brasil e em países europeus e latino-americanos.O debate sobre os paradigmas da justiça juvenil tem sido objeto de interesse de especialistas há décadas e, mais recentemente, vem ocupando o centro das atenções dos meios de comunicação de massa e de diversos setores da sociedade civil. Muitas teses foram elaboradas e os argumentos jurídicos acumulam-se ao longo dos anos. As posições, não raramente antagônicas, sobre a resposta ou o “tratamento” dispensado ao adolescente infrator, ultrapassam o campo jurídico-político.No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente constituiu-se em marco jurídico fundamental no paradigma instituído no período de vigência da Constituição Federal de 1988. Especialistas criticam que o modelo ideal nunca foi plenamente implantado. Longe disso, a realidade sugere as inúmeras lacunas e carências das políticas públicas direcionadas à criança e ao adolescente no Brasil. E essa não é uma peculiaridade nacional. As pesquisas sugerem que, apesar dos modelos positivados sob a premissa de que a criança e o adolescente 12 justiça juvenil: paradigmas e experiências comparadas são sujeitos de direitos que deveriam receber atenção prioritária na elaboração e implantação das políticas públicas, há uma enorme distância entre a lei e o mundo da vida. Nesse cenário que orientou o nosso projeto editorial, contamos com a colaboração fundamental de pesquisadores que trazem experiências valiosas não apenas para aprofundar o debate sobre o modelo brasileiro, mas também para evidenciar peculiaridades de outros contextos nacionais, os quais, certamente, adensam o campo de estudos da justiça juvenil. Reputamos que a metodologia que direcionou o nosso projeto é útil para uma reflexão madura sob uma perspectiva comparada.
6WQPFZ5A4O livro apresenta a visão do Ministério Público acerca do instituto trazido pela Resolução nº 181/2017 do CNMP, propondo o questionamento sobre o “Acordo de Não Persecução Penal” como meio de racionalizar o exercício do poder de persecução penal do MP, diante dos problemas atuais do sistema de justiça criminal, especialmente a questão prisional e o enfrentamento à criminalidade violenta.